sexta-feira, 30 de novembro de 2012

[Educação e Orientação]: Orientação em Portugal (2ª Parte)


… Em Portugal, tudo começou em 1925 com a criação do Instituto de Orientação Profissional (IOP) pelo Decreto-Lei nº 10986 de 31 de Julho. Nos primeiros anos, a história do IOP confunde-se com a do seu primeiro diretor, António Sena Faria de Vasconcelos (1925-1939). Do ponto de vista conceptual, o IOP seguia um modelo de emparelhamento que, até à época, constituía a inspiração da Orientação Profissional. Segundo Vasconcelos a Orientação “consiste em escolher a profissão ou grupo de profissões que mais convêm a um indivíduo, às suas aptidões físicas e mentais diagnosticadas mediante uma série de exames apropriados, tendo em conta não só as exigências características da profissão mas também as condições do mercado de trabalho[1].
O IOP foi, até 1983, a única instituição responsável pela orientação. A partir desta data o Ministério da Educação coloca psicólogos nas escolas cuja intervenção é coordenada pelas Faculdades de Psicologia e de Ciências de Educação das Universidades de Coimbra, Lisboa e Porto. A prioridade da intervenção incide no apoio à implementação dos projetos dos alunos de via Técnico-Profissional, então criada, e na Orientação Escolar e Profissional dos alunos do 9.º ano de escolaridade.
Mais tarde, o Decreto-Lei nº 190/91 de 17 de Maio regulamenta o estipulado na Lei de Bases (1986), criando os Serviços de Psicologia e Orientação (SPO), que passa a integrar Psicólogos, Professores Conselheiros de Orientação Escolar e Profissional e Técnicos de Serviço Social. Este serviço existe, ainda, nas nossas escolas.

O SPO tem um âmbito de intervenção alargado no contexto escolar, destacando-se as seguintes áreas:
- Orientação Escolar e Profissional
- Apoio Psicológico e Psicopedagógico
- Aconselhamento/Consultoria à Comunidade Escolar
- Atividades de Formação
- Desenvolvimento de projetos

João Baptista


[1] Faria de Vasconcelos, A. S., Boletim do IOP, 1928, p. 16.

Sem comentários: