segunda-feira, 4 de março de 2013

[Psicologia e Política] Instabilidade Política…

… é Instabilidade Social. Instabilidade Política é Instabilidade Social.

A Instabilidade Política – Nacional e Internacional – não é coisa de políticos. A ser coisa, é coisa de todos. Esta instabilidade cria - além das óbvias - mais dificuldades do que se pensa, estendendo-se além das económicas. E as dificuldades psicológicas que lhe seguem são bem pesadas e reais. Ficam apenas alguns tópicos para reflexão.

Percepção de Controlo – Quanto mais nos parece que não controlamos o nosso meio, menos percepção de controlo iremos ter. Esta percepção estagna a motivação de criar, planear e alcançar objectivos.
Auto-estima – Sem percepcionar boas novidades em nosso redor e nas nossas pessoas, o “gostar de nós” é dificultado. Acrescem aqui as dificuldades reais existentes que relacionam a auto-estima com o tópico seguinte: Esperança.
Esperança – Este sentimento é essencial à vida. A baixa auto-estima é a chama que acende a falta de esperança: em nós próprios e no futuro num geral. Esta falta de esperança é promovida pela percepção de insucessos nos objectivos, pessoais e colectivos.

Sim, é um ciclo. Percepção de instabilidade leva à percepção de controlo diminuída que, ao atenuar a motivação para a acção eficiente, promove a baixa-auto estima. Esta leva ao sentimento de esperança reduzido, ou seja, num futuro de reduzidos objectivos.

            É importante ter noção que todos, enquanto cidadãos, somos cuidadores e responsáveis pela instabilidade política (como se de uma pessoa se tratasse), e que todos, e não só os agentes políticos, somos cuidadores e responsáveis pela instabilidade social (como se de uma pessoa se tratasse).

            Na próxima publicação da rubrica, irei escrever sobre o mesmo, mas de uma perspectiva interventiva, onde nós, cada cidadão, pode intervir nestes seus tópicos de forma a regulá-los.

            Tiago A. G. Fonseca

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